Aula do 08/11/14 - Repertórios ornamentais na 1ª republica
Tivemos hoje em nosso curso a ilustre presença do profº Dr. Arthur Valle (Doutor em História e Crítica da Arte pelo
Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da EBA), que ministrou a primeira aula sobre contemporaneidade da arte Neomarajoara e suas reinvenções através de intelectuais da época do inicio da republica.
Nessa obra, Rego
Monteiro alia duas formas poéti-cas, a plástica e a textual, numa descrição
lírica da cidade de Paris. Unindo ilustrações e curtos poemas, escritos em
ca-racteres góticos, a obra pode ser vista como adesão de Rego Monteiro à voga
dos poemas ilustrados que atraíram diver-sos personagens da vanguarda francesa.
O chamado “Livre d’Artiste” surge na França, no começo do século,
associado a uma nova concepção de arte. Um dos primeiros
empreen-dimentos desse tipo parece ter sido Parallèlement (1900), de
Verlaine, cujas ilustrações foram feitas por Bonnard por encomenda de Vollard.
O mesmo marchand encomenda a Picasso as ilustrações para a História Natural
(1942), de Buf-fon, a Chagall as pinturas das Fábulas de La Fontaine
(1952) e das Almas Mortas (1948), entre muitas outras realizações do
tipo. Concebido como objeto artístico, o livro “d’artiste” devia configurar uma
obra de arte total, concretizada em um livro de luxo, quase sempre feito em
pequena tiragem, de um modo artesanal.10 A obra de Monteiro adequa-se, sob mais de um
ponto de vista, a esse modelo. Quelques Visages se constrói sobre as correspondências
entre texto e imagem.
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