Aula de 22/11/14
A arte Marajoara e suas conexões entre ancestralidade e contemporaneidade
Com grande abrangência
na região metropolitana de Belém do Pará, na cidade de Icoaraci, concentra-se o
maior polo de artesãos de uma verdadeira reinvenção da cerâmica policrômica do
Baixo Amazonas. Na década de 1970, Raimundo Saraiva Cardoso - o Mestre Cardoso
- morador de Icoaraci, visitou uma exposição de arqueologia no Museu Paraense
Emilio Goeldi, em Belém e ficou encantado com a cerâmica feita pelos antigos
índios. Os vasos, urnas funerárias e estatuetas que pode apreciar eram muito
diferentes da cerâmica que via sendo produzidos no dia a dia das olarias.
Mestre Cardoso passou a ler todos os livros, artigos e matérias de revistas existentes
sobre o assunto. Por fim.
Mestre Cardoso e sua família primeiramente
começaram a dar vida aos padrões e à estética Marajoaras utilizando como
matéria prima o mesmo barro de seus ancestrais. Porém, com o tempo e a demanda
por uma quantidade muito alta de peças, tornou-se necessária à utilização de
fornos e de uma nova paleta de cores, composta de pigmentos industrializados.
Essas adaptações possibilitaram a feitura de peças em grande escala, milhares
passaram a ser produzidas por mês.
Hoje, Icoaraci é
reconhecida internacionalmente por essa produção cerâmica que homenageia seus
povos nativos - não só o povo Marajoara, mas também diversas outras etnias
ancestrais do Baixo Amazonas. Dessa
maneira, um novo reconhecimento da produção material dessas culturas se
afirmou. O trabalho que começou com Mestre Cardoso é um legado que congrega
varias famílias ceramistas, que hoje fazem de sua estética um ponto de intenso
comércio cultural e popular na cidade de Icoaraci. Isso não só transformou para
melhor a vida dos artesãos, como também tem ajudado a construir, cada vez mais,
uma identidade popular que une a todos em um fazer artístico.
Arquivos da aula:
A VITÓRIA DO SONHO - a arte cerâmica de Mestre Cardoso
Documentário sobre o pesquisador e ceramista Raimundo Cardoso, de
Icoaraci, Pará - BR. Conhecido por Mestre Cardoso, o ceramista fez
réplicas e recriou a arte do extinto povo tapajônico e Marajoara.
Ele pediu permissão para ver as peças e copiá-las dentro do museu. Com a autorização dada, passou a produzir réplicas de cerâmica marajoara e a comercializá-las. Mais ainda, fez despertar nos artistas locais o interesse pelas cerâmicas amazônicas.
E não esqueçam de tomar as vacinas para viagem:
Febre amarela.
Hepatite C.
Valeu galera até a próxima!
Ele pediu permissão para ver as peças e copiá-las dentro do museu. Com a autorização dada, passou a produzir réplicas de cerâmica marajoara e a comercializá-las. Mais ainda, fez despertar nos artistas locais o interesse pelas cerâmicas amazônicas.
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